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Proclamar Libertação – Volume 38
Prédica: 1 Tessalonicenses 5.1-11
Leituras: Juízes 4.1-7 e Mateus 25.14-30
Autora: Scheila Janke
Data Litúrgica: 23º Domingo após Pentecostes
Data da Pregação: 16/11/2014

 

1. Introdução

O texto bíblico para a pregação no 23º Domingo após Pentecostes é bastante intrigante, pois a preocupação das pessoas quanto à vinda do Senhor e ao fim do mundo está muito presente no imaginário popular, principalmente com o surgimento de um grande segmento de igrejas pentecostais e neopentecostais que dão muita ênfase a esse tema.

1 Tessalonicenses 5.1-11 fala da necessidade de permanecer sóbrio e vigilante para não ser surpreendido ao chegar o Dia do Senhor. O texto menciona as armas a serem utilizadas durante esse tempo de vigilância e sobriedade: a couraça da fé e do amor e, como capacete, a esperança da salvação. É mencionada ainda a necessidade de que os cristãos e cristãs se consolem, edificando-se e fortalecendo-se mutuamente.

A perícope de Juízes 4.1-7 mostra que o povo de Deus “fez o que era mau perante o Senhor”. Pela falta de vigilância e sobriedade, o povo acabou afastando-se de Deus e, como resultado disso, acabou entregue nas mãos do rei de Canaã. Quando, porém, o povo clama humildemente ao Senhor por ajuda, demonstrando com isso sabedoria e temor ao Senhor, o inimigo acaba por ser entregue nas mãos de Baraque.

A parábola dos talentos de Mateus 25.14-30 fala do senhor que, ausentando-se do país e confiando seus bens a três de seus servos, volta repentinamente para ajustar as contas com os mesmos. Tentando traçar um paralelo entre os textos, poderíamos comparar a volta repentina do senhor à vinda repentina do Dia do Senhor. Além disso, faltou sobriedade ao terceiro empregado para controlar seu medo e uma correta vigilância: para não ter que vigiar constantemente o talento que tanto temia perder, o empregado enterra-o.

 

2. Exegese

Na comunidade de Tessalônica, surgiram certas dúvidas e inquietações ocasionadas pela morte repentina de alguns membros. As pessoas não sabiam se esses membros teriam parte na parusia. Além disso, havia muitas dúvidas sobre como seria o Dia do Senhor, ao que o apóstolo responde dizendo que importa estar preparado e vigilante, acordado e sóbrio. Isso não significava ficar esperando sinais da parusia, mas viver de modo apropriado à nova vida que Cristo inaugurou. Aqui vigilância significa estar desperto e cumprir o dever cristão, pois cristãos e cristãs sinceros não procuram sinais, mas continuam firmes na fé e no amor. No entanto, a igreja primitiva esperava a parusia para seus dias. Por isso as instruções eram vitais, com aplicação direta e imediata na vida das pessoas.

A retirada apressada de Paulo de Tessalônica por causa da perseguição não permitiu que ele firmasse a comunidade cristã ali como desejava. Paulo havia ensinado algumas doutrinas, como a da parusia ou segunda vinda de Cristo, causando na comunidade um grande interesse. Mas não teve tempo de desviá-la completamente dos vícios pagãos. Por isso ele envia Timóteo e escreve essa carta. Como os tessalonicenses estavam sendo perseguidos, Paulo temia que as pessoas se desviassem de Cristo.

V. 1 – Por trás da pergunta sobre o Dia do Senhor podemos encontrar uma preocupação acerca da participação no encontro com o Senhor: como as pessoas não sabiam quando esse dia chegaria, não tinham certeza de que estavam devidamente preparadas. Surge a ansiedade de saber quando tudo aconteceria para que pudessem preparar-se corretamente. Provavelmente, a comunidade esperava um sinal, mas não havia nada para responder-lhes quanto a isso.

O termo tempos parece indicar os estágios do desenvolvimento escatológico, uma era com um desígnio de Deus. Tempo chronos indica uma medida de tempo. Épocas seriam as eras específicas durante as quais Deus leva a efeito seus propósitos, um período dentro do tempo. Época kairós é um período específico durante o qual uma obra de Deus é realizada. Há intervenções especiais de Deus em determinados momentos da história. Quando todos esses tempos tiverem exercido seus efeitos, terá início a plenitude dos tempos.

V. 2 – Dia do Senhor refere-se ao momento no qual Deus agiria para estabelecer sua vontade. É considerado um dia de julgamento, de salvação, tempo do fim. Jesus falava do Dia do Filho do Homem (Mt 24.27,37,39). Paulo já havia dado instruções sobre o Dia do Senhor, pois afirma que estão inteirados sobre o assunto. Mas ele lembra que este dia virá como ladrão, de noite. O ladrão vem quando não é esperado e pega a família de surpresa. A comparação pode fazer entender que este dia não será bem acolhido. Será tão repentino e mal recebido como é um ladrão, pois é dia de julgamento. Paulo não tentou delimitar o tempo de sua chegada, mesmo que também esperasse tal dia para breve. Cristo virá inesperadamente surpreendendo muitos. Na igreja antiga, havia uma tradição que afirmava que a vinda de Cristo aconteceria em uma noite na véspera da Páscoa, meia-noite, à semelhança do dia em que o anjo destruidor passou pelas habitações no Egito (Êx 12). Por isso organizavam vigílias nessa noite.

V. 3 – Paulo refere-se ao mundo pecaminoso que acha que nada lhe vai acontecer (2Pe 3.3s). Nesse momento, quando se disser “paz e segurança”, sobrevirá a destruição. O aspecto repentino é ressaltado quando Paulo compara esse dia às dores de parto, o que expressa dor e agonia. Essas dores não vêm com aviso, e de nenhum modo se pode escapar delas. Assim o julgamento é inevitável e não há como escapar dele. Mas essas dores trarão uma nova era. A dor do parto é grande, mas a chegada de uma criança traz alegria. Assim a dor que causa tristeza e sofrimento se transforma em alegria e riso.

V. 4 – Para os irmãos e irmãs, não será tempo de trevas, que os surpreenderá. Os que vivem na luz fazem o que agrada a Deus, não vivem nas trevas do pecado. O Dia do Senhor para eles não virá como ladrão, mas como amigo, trazendo salvação. Paulo quer assegurar aos irmãos e irmãs que eles estão prontos para este dia. Os crentes não serão apanhados de surpresa. Os que rejeitam Cristo são como os que dormem em noite perigosa e não atentam ao perigo que os rodeia, mas certamente os alcançará. Os crentes perceberão a aproximação do perigo. Como o assalto do ladrão, os iníquos serão surpreendidos no ato de suas impiedades; seu mal será revelado, pois suas obras mostrarão quem são.

V. 5 – Quem crê em Cristo é filho e filha da luz e vai adquirindo a natureza de Cristo. O Dia do Senhor traz salvação aos que não estão nas trevas. Para Paulo, o Dia do Senhor não surpreenderá nem prejudicará os crentes, pois eles não estão mais nas trevas; estão na luz e vivem na luz do evangelho. Essa transformação exige que agora vivam uma vida santificada. Trevas refere-se ao mundo maligno e às condições em que viviam os gentios. A salvação divina está para vir em plenitude, mas já veio, e o povo de Deus pode desfrutar disso pela fé.

V. 6 – Importa estar pronto para o Dia do Senhor, que pode vir a qualquer momento. Mesmo que Paulo assegure que os crentes são como filhos e filhas da luz, não deixa de exortá-los a continuar sendo o que são. Eles não devem recair no estado dos filhos e filhas da noite. Sono aqui se refere ao estado em que a pessoa está espiritualmente inconsciente e insensível ao chamado de Deus. Os cristãos e cristãs precisam vigiar e não recair no sono do qual já foram despertados. Precisam estar prontos para não ser pegos desprevenidos, vivendo uma vida que os desqualifique de compartilhar a salvação. É preciso estar sóbrio, não alcoolizado, bem equilibrado e autocontrolado, evitando todo tipo de excesso. Dormir é uma metáfora da vida espiritual indiferente, da preferência pelas trevas e seus feitos, de insensibilidade ou oposição à luz. Tais pessoas não conhecem Cristo, são preguiçosas diante de seus deveres, contentam-se com os aspectos externos da religião, não se preocupam com seus pecados e são indiferentes à vinda do Senhor. Os crentes são chamados a estar bem despertos e vigilantes, aguardando o retorno de Cristo com uma vida que lhe é agradável. Paulo conclama-os a abandonar os hábitos pagãos e a levar uma vida espiritual séria. O perfeito autocontrole é necessário para uma vigilância séria.

V. 7 – Sono, devassidão, excessos e embriaguez estão associados com a noite. Estar alcoolizado significa desatenção, lerdeza e falta de atenção, o que encoraja os excessos. Paulo fala aqui da antítese noite e dia. A parusia é uma forte luz que nos quer despertar do sono, fazendo-nos rejeitar as obras que caracterizam a sonolência espiritual e a boemia. Somente sob a luz de Cristo essas coisas são vencidas.

V. 8 – Como os cristãos e as cristãs são do dia, precisam estar sóbrios. São como soldados que precisam usar uma armadura apropriada à batalha que estão enfrentando. O verbo revestindo-nos é geralmente compreendido como referência a um ato que coincide com a adoção de uma atitude sóbria. Vigilância e sobriedade não são sufi cientes; é preciso armar-se para a batalha, nada cedendo ao inimigo. Fé e amor são as qualidades que os crentes devem demonstrar a Deus e ao próximo, e a esperança da salvação é a garantia para perseverar apesar das dificuldades. Os crentes têm a esperança da salvação para encorajá-los na vigilância. Paulo recomenda o peitoral da fé e do amor, as duas virtudes cristãs mais exaltadas, e o capacete da esperança como proteção. Ele enfatiza a necessidade de seriedade, disciplina, preparação, luta, dedicação e obediência ao Senhor. A couraça protegia os órgãos vitais (coração e pulmões) para que, apesar de golpes severos, a pessoa não sofresse dano e pudesse continuar combatendo sem preocupação. Assim, a fé e o amor são qualidades espirituais que oferecem a devida proteção, com as quais podemos combater o mal. O capacete protegia a cabeça, o cérebro, a fonte de orientação do corpo, o instrumento de pensamento e da decisão. Assim, a esperança da salvação protege a pessoa do mal, tornando-a inteligente, inspirando-a para o bem e conduzindo-a à vitória. “Com a cabeça e o coração corretos, o homem inteiro andará direito” (Edmundo).

V. 9 – Deus tem um propósito para os crentes: “Deus destinou-nos a alcançar a salvação”. A salvação depende de Deus; ela acontece por meio de Cristo, do que Ele já fez por nós, não do que nós podemos fazer, mas Paulo os exorta a continuar firmes e a perseverar porque a intenção de Deus é a salvação. Essa é a base para que eles vivam na esperança. O vocábulo ira refere-se a julgamento, contrastando com salvação. Cristo livra-nos da ira de Deus. Nós fomos escolhidos para obter salvação por meio de Cristo, nosso Salvador.

V. 10 – A razão por que os crentes podem aguardar a salvação é que Cristo morreu por eles. Se Ele não tivesse morrido, estariam destinados à ira. Mas sua morte livrou-os da ira divina. Jesus compartilha de nossa morte para que compartilhemos de sua vida ressurreta. O conteúdo da salvação futura é a vida com Jesus. A esperança da vida com Cristo é para todas as pessoas, quer vigiemos, quer durmamos. Neste versículo, dormir significa morte. Se vai haver vida com Cristo para os que dormem, pressupõe-se a ressurreição. Na comunidade de Tessalônica, alguns achavam que os crentes falecidos antes da volta de Cristo receberiam uma salvação inferior. Outros acreditavam que a morte era o fim da vida física e da própria esperança. Paulo tenta corrigir tais opiniões. A morte de Cristo garante que participaremos de tudo o que sua morte significa: a destruição da velha natureza e a nova vida para Deus. Os que estiverem vivos e vigiando quando Cristo voltar entrarão diretamente na vida eterna. Os crentes que faleceram antes da vinda de Cristo não perderão esses benefícios. A esperança cristã permeia todas as dimensões, tanto dos vivos como dos mortos.

V. 11 – Paulo está certo de que os crentes realmente vigiarão e não serão pegos pelo improviso. Paulo exorta: Consolai-vos. É necessário fortalecer a fé para que os crentes não desanimem e nem se descuidem espiritualmente. Edificai-vos é usado em sentido metafórico de edificação espiritual, de ajuda ao próximo em sua vida espiritual, para que nele o Espírito de Deus possa habitar. Significa ainda beneficiar, fortalecer, confirmar. Os membros são edificados, e assim a igreja é edificada. O crente é edificado pelo encorajamento de outros. É bom que cada qual se fortaleça, mas a igreja existe para haver edificação e fortalecimento mútuos. A vida espiritual é uma vida em comunidade e não uma busca individual por Deus, pois toda a igreja será glorificada em Cristo. O progresso ou o fracasso espiritual de um membro podem contribuir para o progresso ou o fracasso do corpo todo.

 

3. Meditação

Muitas pessoas tentaram, através dos tempos, fazer previsões e cálculos sobre o Dia do Senhor. Há muitas especulações sobre como será este dia e sobre quando chegará. E, como os crentes da comunidade de Tessalônica, muitas pessoas e comunidades cristãs esperam a chegada deste dia para breve. Alguns inclusive tentam preparar-se para este dia construindo refúgios, comunidades isoladas e protegidas do mundo, armazenando até mesmo alimentos, roupas e artigos de primeira necessidade para subsistir após este dia. O Dia do Senhor está bastante vinculado à ideia do fim do mundo.

Paulo, por sua vez, fala de um preparo diferente. Apesar de provavelmente também ter aguardado o Dia do Senhor, acreditando que viria logo, ele não se preocupa em fazer predições, cálculos ou especulações. Paulo segue a tradição de Jesus (Mt 24.36-44): ninguém sabe “a respeito daquele dia e hora” e “se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria…”. O Dia do Senhor virá como ladrão. E como uma mulher, no caso de parto normal, não tem como saber quando exatamente virão as dores, mesmo sabendo que elas virão e logo serão esquecidas por causa da alegria pela chegada de uma nova vida, assim também não temos como saber quando virá este dia, mesmo que pela fé saibamos de sua chegada, trazendo-nos a alegria da salvação.

Paulo então exorta sua comunidade e a nós a viver como filhos e filhas da luz. Ele nos conclama a preparar-nos para este dia com vigilância e sobriedade, pois ele pode chegar a qualquer momento. E eu acredito que aqui está a nossa maior dificuldade: nós preferiríamos saber o dia exato para poder aproveitar até o último momento. Não saber quando será implica vigilância e sobriedade constantes, o que é muito difícil no mundo cheio de ofertas, festas, excessos, permissividade e indiferença para com uma vivência de fé não apenas nominal, como membro no fichário da comunidade, mas de fato engajada, sóbria, vigilante e comprometida. É mais conveniente sabermos quando será o Dia do Senhor porque estamos acostumados a deixar tudo para a última hora. Além disso, como vivemos numa sociedade imediatista, queremos que tudo aconteça agora, porque não temos paciência para esperar.

Ao mesmo tempo, vivemos num mundo extremamente individualista, no qual as pessoas querem viver sua vida e sua fé de forma isolada, individualista, de preferência na comodidade do lar. Mas Paulo nos exorta a “nos revestir da couraça da fé e do amor”, a viver unidos em comunidade, auxiliando, consolando, edificando uns aos outros.

Também somos exortados a “tomar como capacete a esperança da salvação”. E conforme Romanos 8.24s: “Na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança, pois o que alguém vê, como o espera? Mas se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos”. Somos desafiados a esperar, com paciência, certos de que Deus concede salvação por meio de Cristo.

Por mais que seja difícil pregar sobre esse texto, já que no meio de tanta indefinição, espera, para alguns surpresa, somos chamados a continuar esperando, crendo, vivendo em amor, vigiando, vivendo sem excessos e consolando e edificando uns aos outros. É consolador saber que Deus nos destinou para a salvação e que, quer vigiemos ou durmamos, “somos do Senhor” (Rm 14.8). É consolador poder ter a esperança da vida eterna, mesmo que o Dia do Senhor não venha em breve. É consolador saber que a salvação já nos foi dada por meio da morte e ressurreição de Cristo por nós. É confortador poder saber que Deus já nos tirou das trevas, trazendo-nos para a sua luz, tornando-nos filhos e filhas da luz.

Que assim possamos aguardar vigilantes e sóbrios a chegada do Dia do Senhor para o momento que Ele sabiamente determinar. Que enfrentemos a dura batalha, as tentações, as trevas e este mundo cheio de excessos e descompromissos com a vida espiritual com fé, esperança e amor, consolando-nos e edificando–nos, mantendo-nos firmes no evangelho e na esperança da salvação.

 

4. Imagens para a prédica

O texto em si oferece algumas imagens que podem ser usadas:

Em comunidades com grupos de teatro, poder-se-ia encenar a ocasião em que um ladrão assalta uma casa. Assim a comunidade seria estimulada a refletir sobre o Dia do Senhor, que chega inesperadamente. A prédica também poderia iniciar com o exemplo de alguém que já foi assaltado, já que, infelizmente, essa realidade faz parte do cotidiano de muitas de nossas cidades.

Outra sugestão seria enfocar o aspecto das dores do parto, imprevisíveis, das quais a mulher não pode escapar, e a alegria posterior, que faz com que as dores nem sejam mais lembradas. Assim o Dia do Senhor, com o qual terá início o julgamento, trará a alegria da salvação. Seria significativo enfatizar que a salvação nos é dada pelo que Cristo já fez por nós, ou seja, ela não depende de nós, não depende de nossas obras nem de qualquer coisa que possamos fazer. A salvação é graça de Deus. Mas nós somos chamados a viver com alegria essa certeza, não com a alegria momentânea, passageira, vazia e tantas vezes sem sentido deste mundo cheio de excessos, bebedeiras, festas. Somos chamados a viver a alegria verdadeira de saber que somos filhos e filhas de Deus, que nos escolheu e nos destinou para a salvação e para a vida eterna, uma alegria totalmente diferente, cheia de sentido, confortadora, animadora e encorajadora.

Outra possibilidade seria, no final da mensagem ou também no final do culto, desafiar a comunidade a continuar andando como filhos e filhas da luz. Para isso, as pessoas poderiam receber uma vela. Essas velas seriam acendidas umas nas outras, ressaltando a necessidade do consolar-se e edificar-se mutuamente. Aqui seria importante ressaltar o aspecto comunitário da vida espiritual, pois ninguém é sufi cientemente forte para manter-se firme sozinho. Todos nós precisamos uns dos outros para continuar firmes na fé e perseverantes na esperança.

 

5. Subsídios litúrgicos

Confissão de pecados:

Querido e amado Deus, pedimos perdão por nossa falta de confiança em tuas promessas. Pedimos perdão quando tentamos predizer, calcular e especular sobre o Dia do Senhor, esquecendo-nos de preparar-nos de forma compromissada, vigilante e sóbria. Pedimos perdão quando somos imediatistas, impacientes, querendo que tudo aconteça de acordo com nossa vontade, não com a tua. Pedimos perdão quando somos individualistas e achamos que podemos viver nossa fé sem comunhão e amor entre irmãos e irmãs. Pedimos perdão quando caímos na tentação de viver nas trevas, nos excessos do mundo ou quando somos preguiçosos e deixamos de edificar nossa comunidade com nossos dons. Perdão, Senhor, perdão!

Uma sugestão de hino antes da prédica: 107 do HPD 1. Como preparação para a confissão de pecados: 409 do HPD 2. Antes da oração de intercessão: 423 ou 427 do HPD 2. Outros hinos: 159, 118, 210, 229, 281 do HPD 1; 457, 463, 478 do HPD 2.

 

Bibliografia

CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. V. 5. São Paulo: Candeia, 1995.
MARSHALL, I. Howard. I e II Tessalonicenses: introdução e comentário. Série Cultura Bíblica. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1993.

 

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Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).