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Será que nos seguintes trechos de hinos podemos encontrar um fio vermelho, uma declaração central em todas as declarações? – “Ele desceu à nossa miséria.” “Vós, pobres, angustiados por tempos tão cruéis, que, aflitos e agoniados em ânsia e dor sofreis.” “Vem consolar-nos no vale de lágrimas.” “Hoje sai do céu eterno Cristo, o herói, que nos foi arrancar do inferno.” “A nossa dor vem aplacar.” “Mui breve, em sua glória, o nosso Rei virá; em júbilo e vitória a dor transformará.” “Ele viu nossa tristeza, nosso pecado e dor.” “Se o Salvador não tivesse nascido, estaríamos perdidos.” “Deu-nos o seu próprio Filho que desceu do alto céu, sem poder nem brilho.” “O eterno Deus se apiedou de mim, o infortunado. De sua graça se lembrou, voltou-se ao condenado.”

Um líder missionário resumiu em uma frase o que estes trechos de hinos têm em comum: “Vivemos num mundo ferido. Que bom que Jesus veio para compadecer-se de todas as mazelas.” Este foi e sempre será o grande desejo do nosso Deus: compadecer-se das mazelas. “Deus amou o mundo de tal maneiro que deu o seu Filho unigênito” para compadecer-se da miséria humana. Este não é um tema somente para o Natal, mas para todos os dias e situações da vida. Martin Lutero disse em um de seus hinos: “Ao Filho disse o Pai no céu: o tempo está chegado; à terra desce, ó Filho meu, e salva o condenado! Liberta-o de pecado e dor, morrendo, sê-lhe o Redentor: que tenha nova vida. Obedeceu de coração o Filho ao Pai amado… Lutou por minha causa.” “Por minha causa” – que segurança! (Leia Lc 1.54, 55, 68-75 e 79.)