Proclamar Libertação – Volume 34
Prédica: Tito 3.4-7
Leituras: Isaías 62.6-12 e João 1.1-14
Autor: Manfredo Siegle
Data Litúrgica: Natal de Nosso Senhor
Data da Pregação: 25/12/2009
1. Preliminares
Eis aí um texto de prédica cujo escopo destaca Deus e Cristo como agentes de salvação. Pela fé, os seguidores e as seguidoras de Cristo têm acesso à esperança da vida eterna. “A fim de que, justificados por graça, nos tornemos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (v. 7).
Em comparação com o texto previsto para a Véspera do Natal, Lucas 2.1-7, a perícope que fundamenta a prédica do 1º Dia do Natal poderá apresentar dificuldades de contextualização. Embora seja possível estabelecer associações ao evento do Natal, o texto da Epístola de Tito revela um teor abstrato com características dogmáticas. Justifica-se, pois, a pergunta pela relação direta entre o texto e o acontecimento do Natal.
Não é tarefa difícil descobrir, no Novo Testamento, uma série de textos que se esmeram em interpretar e atualizar o milagre da revelação de Deus a partir da história da criança Jesus Cristo. Não faltam os testemunhos que relacionam e comprometem esta história com a vida dos seguidores e das seguidoras, cujas existências sofreram transformações profundas. O que valeu para os cristãos das primeiras gerações continua sendo válido também para nós na atualidade, depois de dois mil anos de história do cristianismo. Festejamos o nascimento de Cristo na perspectiva do tempo pós-pascal. Lembramos da criança, festejamos o seu nasci- mento, porque a Páscoa se tornou realidade. O Príncipe da Paz, executado pelo poder de ocupação romana na cruz de Gólgota, e o Cristo ressuscitado na Páscoa são a mesma pessoa. Em verdade, a trajetória da cruz já está sinalizada no fato de que aquela criança não tinha lugar direito para nascer. Restou uma manjedoura, berço humilde, na estrebaria localizada na miserável Belém.
2. O dia
O casuísmo que inunda o grande Dia do Natal é notório e enfático. O Dia do Natal, todo tempo que o envolve, apresenta-se como período conturbado. O movimento é intensivo nas estradas, no comércio, nos bancos, nas famílias. A máquina geradora do ativismo estressante, sobretudo no mês de dezembro, está bem presente. Suas marcas são contundentes: sobressaem as compras dos presentes, assinalam a necessidade da faxina geral em casa, geram a expectativa nervosa diante das visitas anunciadas ou daquelas que nós mesmos faremos. Esse modelo de invólucro, onde se enfiam tantos compromissos, contrasta com a mensagem simples do nascimento de Deus. Deus quer felicitar a humanidade pelo nascimento de seu Filho para salvação de toda a humanidade. Enquanto Deus vem para reconquistar a dignidade do ser humano e curar as feridas existenciais, a sociedade humana está empenhada para um mundo nervoso e cheio de contradições. Não tarda para que o menino nascido mensageiro da paz seja devolvido bem depressa e “em glória” aos céus. Em razão do seu impacto emocional, a festa natalina é explorada intensivamente, sem escrúpulos, pelo mercado consumista. É impossível ficar alheio ou passivo diante do assédio publicitário fantástico e típico, anunciando que a felicidade do Natal passa pela aquisição de artigos natalinos. O brilho que se espalha maravilhosamente, somado à magia que emana da festa do Natal, faz suspeitar que a tendência humana é glorificar o Cristo, por tempo concentrado e limitado, para devolvê-lo, o mais depressa possível, às alturas dos céus. É atitude muito tranquila assegurar que, até o ano seguinte, Cristo o Messias aguardado e mandado do céu, o mensageiro da paz, tem o seu lugar garantido nas regiões celestiais. A imagem desse Deus, assim glorificado por falsa religiosidade até as alturas do céu, é, na realidade, um Deus distante. Jesus, o Messias esperado, o Deus encarnado e próximo à vida humana, vem para ficar, para iluminar a escuridão de um mundo em descompasso. Jesus Cristo nasce para promover transformações profundas na existência da humanidade fragilizada. O Filho de Deus veio para revolucionar as estruturas do mundo gerenciado por senhores vidrados em autossuficiência. Em razão das suas posições de soberania, declaram a morte de Deus. A humanidade finge viver o sentimento de aparente tranquilidade em relação ao Deus que se afasta para longe e que é festejado no céu, a distância. A cada novo ano, a festa celebrada no Natal do Príncipe da Paz focaliza sempre mais o Natal-Luz, o culto ao bom velhinho de barba branca, o Papai Noel. O acontecimento central, o verdadeiro eixo do Natal, no entanto, é marginalizado, permanece encoberto por falsa religiosidade, porém sem maiores consequências. Continua ausente a grande novidade que irrompeu em meio ao mundo obscuro e de fracassos humanos; mundo esse sem paz e isento de justiça, cheio de violência brutal. Apesar da “invasão” do céu na realidade mundana (Natal), a presença de Deus continua sendo uma presença marginal, na fronteira e longe do centro.
Passada a noite santa do dia 24 de dezembro, espaço mágico dos festejos de Natal, terminado o trabalho de abertura dos pacotes de surpresas, acabada a Ceia do Natal e digerida a comilança e bebedeira na véspera, os dias seguintes continuam no embalo do ritmo velho, marcado pela correria e pelo estresse. Continuamos então falando de Deus quando as forças humanas estiverem no limite. Trata-se do deus ex machina em busca de soluções aparentes para os problemas pessoais e do mundo. Ele deixa de ocupar, como Deus diferente, o centro da vila, da roça, da cidade, por vezes até da própria igreja.
Para alguns, o 1º Dia do Natal, 25 de dezembro, transformou-se em dia comum, porque o ápice do Natal já aconteceu e o seu significado maior carece de substância. A comunidade que se encontra, nesse dia, em culto – restam somente poucas pessoas – tende a avaliar o 1º Dia de Natal do Salvador como se já fizesse parte de uma história do passado. É história que se assemelha aos pastores que, na Vigília do Natal, procuraram aquela estrebaria em Belém, para em seguida voltar às lidas diárias no campo cuidando dos rebanhos.
Para outros, o dia 25 de dezembro representa um espaço interessante para o merecido sossego. O dia transforma-se em porta aberta ao descanso e à distensão necessária. Se nos dias anteriores, com seu ponto culminante na Véspera do Natal, as famílias priorizaram a organização das suas festas em âmbito familiar, o 1º Dia do Natal transforma-se num oásis de descanso e de recolhimento pessoal. Por que não?
3. O texto
A Epístola de Tito está situada no bloco denominado de cartas pastorais no Novo Testamento. Apresenta-se como se fosse uma carta do apóstolo Paulo, endereçada a seu colaborador Tito (1.14). Esse detalhe evidencia o tamanho da autoridade que o texto da carta requereu para si e a importância que detinha quando da organização do cânon neotestamentário. O documento dirige-se a um dos cooperadores conhecidos de Paulo a Tito. Na ilha de Creta, Tito recebe a tarefa de organizar e ordenar o que não foi possível ao apóstolo Paulo (Tt 1. 5). Foi ele que acompanhou o apóstolo Paulo quando do importante Concílio em Jerusalém. Na oportunidade, algumas comunidades sob a influência judaica passaram por crises de identidade em razão da observância ou não quanto à prática da circuncisão. No Concílio, foi delineada uma estratégia que trouxe orientações às ações missionárias no mundo gentílico (Gl 2.1,3). Tito, cidadão grego e gentio, tornou-se exemplo vivo dos frutos colhidos em função das viagens missionárias empreendidas pelo apóstolo Paulo. Entre os exegetas há consenso de que a carta a Tito, assim como as demais epístolas pastorais, as duas cartas a Timóteo, não remontam à autoria de Paulo. É oportuno frisar que permanece o detalhe da autoridade. É prerrogativa inerente à carta. Trata-se de um documento importante a colocar balizas claras, fundamentais às primeiras gerações de comunidades cristãs, fundadas em meio ao mundo não-cristão. Os conteúdos da epístola focalizam um eixo importante: a fé sadia (1.13). Os protagonistas, promotores de uma fé desequilibrada e doentia, são identificados como “insubordinados, palradores frívolos e enganadores” (1.10). Eles devem ser calados (1.11). A carta de Tito destaca todo empenho do(s) apóstolo(s) quanto à autoridade do evangelho. A palavra de Deus age como orientação confiável e determina a vivência de uma espiritualidade equilibrada, combustível ao exercício da “fé sadia”. O texto legitima uma nova diretriz imprescindível à boa orientação nas comunidades.
Tendo essas afirmativas como “pano de fundo”, a leitura do texto coloca, lado a lado, de modo concentrado, numa “pegada” só, uma multiplicidade de te- mas. A estrutura literária sugere que se descubra nela uma linguagem poética. Os conceitos aplicados são relevantes e identificam a visão sobre Deus, sua “grande benignidade”. Destacam a centralidade do Cristo Salvador. É ele o autor de transformações históricas. A confiança nele traz renovação; salva mediante “o lavar regenerador do Espírito Santo” (batismo) e coloca a vida dos crentes na dimensão de herdeiros, sob a esperança da vida eterna (v. 7). A perícope em apreço localiza- se, historicamente, no tempo de grandes dificuldades; dispersão e perseguições são experimentadas pelas comunidades cristãs. Encontramo-nos no 2º século da era pós-Cristo. Por causa de um homem conhecido pelo título de Cristo, eclodiram rixas. O texto-base da prédica, texto previsto para o 1º Dia do Natal, expressa críticas à divinização do imperador romano. Quem assegura vida plena e de senti- do, vida feliz, equilibrada e aberta ao bom futuro é a benignidade de Deus; é oferta encarnada em Jesus Cristo.
Já destacamos, anteriormente, que o texto apresenta um emaranhado de conceitos doutrinários básicos. Seu objetivo é destacar que deles depende a “saúde da fé”. Onde começar quando desafiados à tarefa da pregação?
O Natal de Jesus Cristo, esse caso fantástico, somente é mencionado de forma direta no v. 4. As formulações decorrentes, nos versos seguintes, provêm da presença da “graça salvadora” de Deus (2.11), são frutos da oferta da “benignidade divina e do seu amor para com todos”. A visita graciosa de Deus tem consequências no cotidiano.
“O lavar regenerador e a purificação” de vidas centradas em si mesmas, por isso impiedosas, insensatas, medrosas e injustas (2.11s), é ato sacramental que provoca profundas mudanças na existência individual e na história da humanidade.
Lutero, o Reformador, valorizou sobremaneira o 1º Dia do Natal. Opinava que a novidade do milagre de Deus, fazendo-se presente no mundo como criança, deveria coincidir com o início de um novo ano. O Reformador equacionou o Dia do Natal e a inauguração do Ano Novo!
Assim como o Batismo inaugura uma nova vida, Natal nos presenteia com o começo de uma nova existência. O acontecimento em Belém abre a janela para que os olhos descubram uma paisagem de esperança e possam enxergar o novo futuro. Na noite da grande alegria, quebrou-se a monotonia dos pastores enquanto cuidavam do rebanho.
Tanto o texto na carta de Tito como os textos complementares para leitura bíblica estão encharcados de “boas notícias de grande alegria para todo o povo”; despertam esperança e testificam a novidade.
As boas-novas, porém, não marginalizam no humano nem o medo e nem o sofrimento. A humanidade continua presente, ela nos acompanha no cotidiano. O pregador que anuncia, no Natal, a luz do novo dia, o início de uma nova vida, não poderá calar em relação às trevas, cunhando o dia-a-dia. O evangelho do nasci- mento do Príncipe da Paz, o Salvador da humanidade, foi notícia de forte impacto. O ambiente na insignificante localidade de Belém da Judeia sinaliza a liberdade da ação de Deus. É nessa ação contraditória e mundana que acontece o prenúncio da inauguração de um novo reino, o reino de Deus. Tito, o apóstolo, define o milagre do Natal de Jesus como bússola que devolve “a saúde da fé”. A “benignidade de Deus” se traduz e se atualiza através do nascimento da criança na estrebaria, o filho de Maria e de José. A vivência da bondade de Deus reflete-se nas pessoas e promove esperança, além de inaugurar um novo relacionamento consigo mesmo e com o próximo. A autoridade da Palavra lembra que a graça de Deus torna os fiéis “solícitos para a prática de boas obras” (3.8).
4. Consequências homiléticas
25 de dezembro, o 1º Dia de Natal, faz crer que a comunidade reunida na Véspera de Natal tenha sido confrontada com a boa-nova do nascimento do Salvador. A luz brilha no meio da noite para afastar as trevas. O céu abriu-se sobre Belém. Nessa direção deve ter caminhado o texto previsto para o dia 24 de dezembro. O desenrolar da história da salvação, a exemplo da mensagem de Lucas, é, de fato, uma “boa notícia que causou grande alegria para todo o povo”. As situações paralelas do contexto atual aproximam o passado do tempo presente. Nos dias de hoje, continuam dificuldades: persiste a perseguição ao cristianismo, a seus propósitos. O mundo religioso em nosso país, assim como ele se apresenta em suas variações adaptadas ao mercado mercantilista da sociedade pós-moderna, deturpa a teologia e despreza a revelação de Deus em Jesus Cristo. Repetem-se as situações das comunidades em crise. Somam obreiros/as e líderes comunitários que vivenciam crises existenciais e vocacionais. Há gente decepcionada, os sentimentos podem ser de frustração e de desespero. Momentos de crise apresentam consequências, perturbam a credibilidade da igreja, a autoestima decresce. Vozes proféticas são caladas ou inexistem. Em particular, nós luteranos sofremos sob a inibição que nos parece peculiar. Somos acanhados para mostrar nosso rosto na sociedade brasileira.
O evangelho (= Boa-nova) do Natal é instrumento através do qual se anunciam grandes novidades. Nasce, em Belém, o primeiro humano novo, de verdade. O mundo pode ser diferente; as pessoas podem ser diferentes, as estruturas que regem a sociedade sempre são passíveis de reforma, a igreja é chamada à novidade, a melhoramentos constantes. Lutero falava em melhoramento na igreja! A postura de conservadorismo e de excessiva preocupação com o passado contradiz o espírito da Reforma. O apóstolo Paulo recomenda aos cristãos uma atitude de constante transformação de mente e de coração (Rm 12.2). “A igreja, por mais problemática que seja em muitos aspectos, preserva a notícia sobre Jesus” (Jörg Zink: Quem crê pode confiar, p. 57). Enquanto servir, ela existirá! “Os seres humanos transformados se tornarão colaboradores de Deus” (Jörg Zink: Quem crê pode confiar, p. 57 e p. 59). O nascimento do Salvador, expressão da benignidade de Deus, é boa-nova. Aconteceu algo que leva a grandes mudanças, para toda a humanidade, em todos os tempos, a começar pelo tempo chamado Hoje. Natal desafia à missão!
5. A prédica
A “descida” de Deus das regiões celestiais espelha um fato extraordinário e revolucionário. Não foi qualquer pessoa que nasceu em qualquer tempo e em qualquer lugar! É notícia, cujas implicações se estendem a toda a humanidade. A mensagem do nascimento do Salvador não afasta ninguém deste mundo. A realidade de mundo continua cultivando as suas contradições. Permanece a tendência humana de sublimar as pessoas, levando-as ao mundo fantástico das aparências; na realidade, um mundo fantástico, sem raízes e sem profundidade, seu futuro é uma incógnita.
A mensagem do Natal está centrada na realidade do mundo. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único Filho” (Jo 3.16). É boa-nova que fortalece a humanidade para que faça frente às contradições entre as gerações e etnias, entre a escravidão e a liberdade, entre raças e povos inteiros, anima a resistir ao egoísmo e a seus frutos: à violência, à falta de paz e de dignidade, à ausência de justiça. Permanece o convite à atitude altaneira de prosseguir de cabeça erguida na estrada da vida. O fato de Deus “descer do céu” tem então como contraposição o olhar firme e a postura esperançosa do ser humano.
Podemos anunciar a mensagem do Natal, e isso de forma corajosa no 1º Dia de Natal, observando os seguintes passos:
1) Algo especial aconteceu e acontece em meio às histórias do cotidiano. A benignidade de Deus motiva à transformação de mente e de coração. Damos glória a Deus nas alturas, de aparência distante, na esperança de que se identifica sendo o nosso próximo.
2) O “lavar regenerador no Espírito Santo” (v. 5) traz à memória e atualiza, diariamente, o nosso Batismo. A história do nascimento de Cristo dirige-se a mim e a nós com toda a força e nos integra no corpo de Cristo. O presente de Deus é oferta bonita e importante. É dádiva que motiva a sermos igualmente generosos. Os presentes do Natal não se inspiram na avalanche da propaganda maquinada pelo mercado. Presenteamos porque a iniciativa da bondade humana vem de Deus.
3) A boa notícia transforma o futuro, muda as criaturas, muda a criação, renovada é a conjuntura da história e tudo o que nela cabe.
O Natal do Cristo de Deus, revelado numa criança frágil, é como “boca no trombone”; serve de instrumento para ecoar em todas as partes do mundo. É boa notícia que causa alegria em toda a humanidade.
6. Frases no contexto
– O orientador do Ensino Confirmatório repetia, a cada ano, a mesma pergunta, frase velha e já desgastada: “Por que festejamos, a cada ano, a mesma coisa: o nascimento do Salvador?” Prontamente o adolescente reagiu: “Sempre de novo é anunciado o milagre de Deus”. De Belém vem a boa-nova: Nasceu o Salvador!
– E se Cristo tivesse nascido mil vezes em Belém, mas não em tua vida, condenado estarias para sempre. (Angelus Silesius)
– Glória a Deus nas maiores alturas. É este mesmo Deus que desceu até nós, atolados na mais profunda miséria. (Autor desconhecido)
– Apesar dos muitos desejos terrenos não realizados, a vida acontece em abundância. (Dietrich Bonhoeffer)
– Tenho toda a liberdade do mundo para afirmar que, na Escritura Sagrada, não há palavras mais amáveis traduzindo a graça de Deus quanto aquelas duas, e elas são especiais: benignidade (christotés) e amor (filantropia).
A fim de possuíres um retrato da graça de Deus: Imagina ao teu lado um bom amigo e terás a fotografia do Deus-humano. (Martim Lutero)
– Pessoas criam tanto os amigos como os inimigos. Deus, porém, faz nascer o próximo. (Autor desconhecido)
– Ó Deus,
Aquele que te abandona morre.
Quem retorna à tua companhia desperta para a vida. Àqueles que em ti permanecem
é prometida vida em abundância. (Agostinho)
7. Subsídios litúrgicos
Lema da semana:
O profeta Isaías diz: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa Deus conosco (Mt 1.23).
Lema do dia: Socorre, Senhor, Deus meu! Salva-me, segundo a tua misericórdia! (Sl 109.26).
Louvor a Deus:
Querido Deus-Menino, queremos louvar-te pela tua doce presença entre nós. Louvamos-te pelo teu Espírito que nos ensina a ser como as crianças. Queremos louvar-te pela tua graça que nos reúne em comunidade.
Porque só tu tens a palavra e nós confiamos em ti. (Ou palavras do Salmo 96)
Oração do Kyrie:
Ó Deus, saímos das nossas casas e dos nossos lares para o encontro contigo. Aproximamo-nos de ti de mãos vazias e com corações ansiosos.
Preenche-nos com a luz que procede do Natal.
Dá que possamos ouvir com alegria a história que aconteceu em Belém. Concede-nos o discernimento e a concentração necessária para compreendermos o milagre do teu nascimento.
Ouve-nos, Senhor.
Anúncio da graça:
Louvado seja o Senhor, Deus de Israel. Porque visitou e redimiu o seu povo (Lc 1.68).
Oração do dia:
Deus da benignidade, tu vieste a nós e te tornaste igual a nós, companheiro e irmão. Rogamos pela força do teu santo e bom Espírito. Que nos ajudes a viver do jeito como tu desejas, sejamos criaturas amorosas, pessoas inteiras e curadas.
Permite, ó Deus, que possamos ter bons pensamentos, agir e sentir ampara- dos e confiantes em Jesus Cristo. Ele vive e reina contigo, de eternidade a eternidade. Amém.
Bênção:
Que o amor de Deus, Salvador de todos os povos, Se faça de novo presente como uma criança
Em cada homem e em cada mulher.
Que o nosso mundo seja transformado em seu reino
Pela ação do seu Espírito de amor.
E que a nossa vida seja plena de alegria Porque, hoje, um menino nos foi dado! “O mundo tornou a começar”. Amém.
(Culto e Arte; org. Rubem Alves, Advento/Natal/Epifania; p. 48).
Sugestão de hinos:
Hinos do Povo de Deus – vol. 1 – nº 17; nº 20; nº 31; nº 235; Hinos do Povo de Deus – vol. 2 – nº 311; nº 312; nº 400; nº 438.
Proclamar libertação é uma coleção que existe desde 1976 como fruto do testemunho e da colaboração ecumênica. Cada volume traz estudos e reflexões sobre passagens bíblicas. O trabalho exegético, a meditação e os subsídios litúrgicos são auxílios para a preparação do culto, de estudos bíblicos e de outras celebrações. Publicado pela Editora Sinodal, com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).